█████ ◌ ◌ ◌ ◌ Max Stirner e o rock [EC/EE]

Max Stirner e  o rock 

Max Stirner foi um filósofo pós-hegeliano conhecido, além de suas caricaturas desenhadas por Engels, pela influência que exerceu sobre diversos pensadores, e por ter sido predecessor de muitas áreas e pensamentos. Sua filosofia, em aberto, serviu de base diretamente e indiretamente na formação e na formulação de conceitos de autores, poetas e artistas como: Albert Camus, Émile Armand, Rudolf Steiner, Friedrich Nietzsche, Ernst Junger, Wilhelm Reich, Saul Newman, Hakim Bey, Raoul Vaneigen, Bob Black, Julius Evola, Ayn Rand, Karl Marx, Marcel Duchamp, Michel Onfray, Otto Gross, Herbert Read, Thomas Mann, Carlos Michaekstaedter, Friedrich Engels, Carl Schimitt, etc.

Sua principal e única obra é "Der Einzige und sein Eigentum", onde ataca diversas tendências e ideologias que se manifestavam com fervor naquela época. Stirner revindica a singularidade e a unicidade de cada um como força criadora contra o espírito e o niilismo, para o entendimento do ser, com base no próprio ser, enfatizando o desejo e a vontade contra o fetichismo e contra o arrebanhamento, focando e revindicando assim, o egoísmo do Único (de cada um), contra os demais egoísmos, com abertura para a revolta e para associações.

Tipo: emblema, item interno
Origem: Alemanha
Semblante: Filosofia
Nível: Raro
Parte de: Dr4sticos Dev1res

Fundamento: Referencial

>>> L I N K S


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Nota: "Der Einzige und sein Eigentum" é uma obra conduzida atráves de pressupostos pós-hegelianos (oriundos dos discipulos de Hegel e, obviamente, do próprio Hegel), mas que também é uma crítica a alguns destes, bem como outros autores. 
É importante, por essas e outras, que o livro seja lido para uma melhor compreensão do autor no escopo mais próximo de suas problemáticas abordadas. O blog Orvalho Soturno se compromete, no devido tempo, a intercalar ou contextualizar alguns conceitos dispersos desse blog atráves de textos vermelhos como o que você tá lendo agora.

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Howl of Dynamite (2019)

Storm of Sedition

Canada - Crust/Black Metal

Ouvir: Youtube
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O Nobre 

O horror começa no nascimento pra todo mundo, onde despidos, todos parecidos, todos iguais, tempos antes da certidão, ensanguentados, levando um tapa, chorando cada vez mais, vão se formando. Há pessoas mascaradas por lá, e há alguém fazendo gestos estranhos, chorando junto, falando algo, enquanto alguns vão se abraçando. É possível vê-los, mas tem uma forte luz reverberando, na cara iluminando -- é incômodo. E o tempo passa... A ficha cai. Desde já, como conhecido no gingado comum: bendito seja o nobre de nascença, pois há de se ter nesse mundo quem nasça livre! Pois esse é o ponto. Sem citar nomes, ao se referir aos nobres, teríamos que pisar nas escadas da idiossincrasia, fora da visão deles (todos eles, a favor ou contra). Portanto, quando se fala em nobre, é comum vir duas óticas: a primeira é a do parasita que suga o povo; e a segunda é a sagrada família, os escolhidos, e por aí vai. Pegaremos as duas. O primeiro exemplo implica no fundo dizer, que ninguém nasce livre, que quem ocupa o alto escalão da nobreza deveria ser aquele que faz pelo esforço, pela dedicação e pelo sofrimento. O segundo implica dizer algo parecido, como se a "liberdade" (poder) da nobreza fosse enraizada e inalterável, o que sabemos que não é verdade. Fato é que muito se tem desvalorizado o que é tido como práticas aristocratas em detrimento das concepções vindas do "fraco", dos oprimidos e etc. A consequência desse pensamento é que valores como a expressão artística, do conflito travado, do viver aqui e agora, do deleite dão lugar ao pensamento hostil, ao cientificismo, a racionalidade, a glorificação do sofredor (tanto no socialismo como na meritocracia) e etc. Larga-se o espírito nobre em detrimento do fazer valer, e o burguês e o proletário passam a receber tratamento de honra.

"Perante o senhor supremo, o único comandante, já éramos todos iguais, pessoas iguais, isto é, nadas. Perante o proprietário supremo, seremos todos igualmente... miseráveis. Por enquanto, alguns ainda são, na apreciação dos outros, «miseráveis», «Zés-Ninguéns»; mas depois esta apreciação acaba, passamos a ser todos miseráveis, e, no nosso papel de massa global da sociedade comunista, poderíamos dizer que somos todos uma «cambada de miseráveis» . Quando o proletário fundar realmente a «sociedade» que sonhou, onde desaparecerão as diferenças entre ricos e pobres, então ele será miserável, porque nessa altura sabe que ser miserável é qualquer coisa, e a palavra «miserável» poderá ganhar o sentido de tratamento de honra, tal como aconteceu com a palavra «burguês» na Revolução. O miserável é o seu ideal, e todos devemos tornar-nos miseráveis. Esta foi a segunda rapina cometida sobre o «pessoal», no interesse do «humanitarismo». Rouba-se ao indivíduo o comando e a propriedade; o Estado leva o primeiro, a sociedade a segunda."

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Unsettling Whispers (2018)

Gaerea 

Portugal - Black Metal

Ouvir: Youtube
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"Todos têm uma relação com os objetos, e uma relação diferente. Tomemos como exemplo aquele livro com o qual milhões de pessoas se relacionaram ao longo de dois milénios, a Bíblia. Que significa, que significou ela para cada um? Apenas aquilo que cada um dela fez! Para quem não saiba o que fazer com ela, não é nada; para quem a use como um amuleto, ela tem apenas o significado e o valor de um objeto mágico: quem, como as crianças, brinca com ela, vê nela um brinquedo e nada mais, etc. Ora, o cristianismo exige que ela seja para todos a mesma coisa, o livro sagrado ou a «sagrada escritura». Isto significa exatamente que a visão do cristão deve ser também a dos outros homens, e que ninguém se pode relacionar com esse objeto de forma diferente. Com isso, a singularidade do comportamento é destruída, instituindo-se de forma fixa um sentido, um ponto de vista, como o «verdadeiro», o "único verdadeiro». Suprimindo a liberdade de fazer da Bíblia o que eu dela quiser fazer, impede-se também a liberdade do fazer em geral e institui-se em seu lugar a obrigação de um ponto de vista ou de um juízo. Quem pronunciasse o juízo de que a Bíblia foi um longo erro da humanidade, estaria a fazer um juízo... criminoso."


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Soprusi (2015)

GueRRa

Itália - Math rock/Jazzcore/Instrumental

Ouvir: soundcloud
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Deus e a Consciência

Se deles, no plural, fazem escravos com S no final e, se deus fazem deles o que são, então quem somos afinal? Filhos de Deus, somos todos iguais; mais um, mais uma; isso é, somos nadas no pior sentido, ninguéns, assujeitados e sujos, somos menos que nada, em resumo: não somos porra nenhuma! Somos zeros, 0's, 0000, (-0), zero, negativo ---, nem vento, poeira mesmo, ZEROS! Há porém, nessa zona de zeros, nessa soma (=1) os peculiares dispersos, os contadores de histórias, as autoridades da casa e locais (mesmo as tácitas) que defendem os que "davam ouro ao rei", de onde se advém origens revindicadas, e assim foi indo. Quando o surto de uma vida dessas emanou ao ponto do confronto, os mesmos, tempos antes, criaram novas raízes, com base nos rochedos do passado, com base em quem, na base da força, os levantava com ódio abafado visando fins infimos, e vice-versa. Vendo cidades que correm nas direções, como a arquitetura que se eleva com o tempo, observaram o processo de desenvolvimento, enquanto muitos, percorrendo porres, típico de tristes povos, lentamente, com as garras do amanhecer no corrimão, com o olho ardente, novamente andavam. De onde vinham jamais se via o azul, nada tinha além de mares e tinta (nos melhores contos), uma linda cor preta que substitui a água e seu papel de elixir no frescor, mas sem a parte poética. E em cada âmago, uma mágoa tingida pelo sol, mas não só. No agregado: não tente se lembrar, de forma alguma, de quem levou o vermelho simbólico da noite na região X ladeado aos cacos de vidro — é bem mais complexo do que parece... E eles gostam de lembrar. Mas não da complexidade.

Essa não é só a visão e cenário desses, dos submissos, dos desgraçados, dos nossos outros, deles ou da nossa outra parte que grita de desespero; essa é a grande verdade por trás do cristianismo; isso é: ninguém deve valer nada além de Deus e seus laureados, por isso, todo cristão no fundo sabe que a sua vida equivale a do outro, ele sabe que todo mundo é seu semelhante e assim tem que ser, pois, se ele não vale porra nenhuma, então todo mundo tem que valer o mesmo. Claro que nada disso surge do zero, há fases e fases, impressões do mundo pela qual o mesmo é criado, pela qual [no processo e em determinada fase] a consciência-de-si fraca atrela o outro com base nele mesmo; torna-o sujeito naquilo que ele tem como identidade; e por aí vai, alguns se elevam na vida e ele cai olhando a balança, é um círculo, tem vários, são comuns e claros em suas propostas, e suas consequências, densas, custaram caro à humanidade, ou melhor, custaram caro a mim e a você. Se Deus, o maior egoísta é quem vale tudo, é único e a sua própria causa, é o cerne do poder e criador, então eu serei, assim como ele, a minha, e farei do todo minha Propriedade, conforme meu Ego e a minha vontade de poder

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Yepa! / I Placed My Cause On Nothing (1995)

Crunch/The Sickoids

Itália - Hardcore Punk

Ouvir: Youtube
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Individual (2018)

THCulture

Polônia - Punk/hardcore/prog

Ouvir: Youtube, bandcamp
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O Egoísta

Sec.XIX. Cadeados historicistas e racionalistas, sinônimos de correntes da mente, estes e estas levantam-se como uma serpente, prestes a prender a singularidade dentro de uma sistema filósofico e, de um enfoque concentrado e particularizado que negligencia gênese(s). Tendências da modernidade frente a frente, a favor, pós ou contra, porém ladeadas a condenar por partes a unicidade, as unicidades, em revindicações da verdade, de outra verdade, da verdade deles, isso é: outra mentira, a vontade de verdade deles, mais uma mentira, outras mentiras e por aí vai. Não se trata aqui de validar negativismo de dados ou coisa do tipo, por isso, aos e para os mais leigos, será reduzido o entendimento de sobrevôo do autor a um enfoque primordialmente psicológico que considera a existência e a contingência, mas não nessas palavras, e não necessariamente por aí. O que está posto é que não se pode negar a existência, o desejo a vontade, ou deixá-la em segundo plano e, portanto, também não se pode negar que as pulsões que criam diferentes trilhas, visões, comportamentos e abordagens, são, na verdade, perpetuadas por relações de poder; do micro ao macro, do subjetivo ao espírito objetivo. Não se pode negar, assim, que o estado drena o desejo. Ora, e de que forma entender tudo isso? Simples, pelo egoísmo; mas não tão simples assim. 

O egoísmo é, talvez, a expressão mais verdadeira do ser-humano. Portanto, não é necessário olhar para o lado angustiado porque, sem abrir a boca, descobriram até o que você inventou, ou, por terem achado o que estava implícito, pois ele já ocorre e come solto em todo o canto, mas isso não é necessariamente ruim como é comumente imputado -- mas calma também. A quem interessa condenar o egoísmo em detrimento do altruísmo? Para além das palavras, o que isso tem representado? É por aí o caminho. Ocorre que enquanto o egoísmo age de maneira inconsciente, não temos a dimensão do seu semblante, e podemos, assim, nos culpar de realizar coisas inexoráveis a cada um, sob sua ótica própria. Podemos também agir em detrimento do egoísmo dos outros, contra a nossa própria vontade, dentro do cotidiano, sendo que só vivemos uma única vez e há um mundo inteiro para conquistar; podemos ser submissos ao que nos apresentam como bom, simplesmente pela crença e pela necessidade imposta de consciência ou dever (socialmente, coletivamente, racionalmente falando). Não é muito difícil chegar a uma conclusão óbvia. Observe os que caminham queimados pelo sol e com o aspecto sofrível da existência, observem como caminham lentamente em direção à morte; observe o aprendizado que os persegue, as lições seguidas no dia-a-dia. Escravos de ideologias, diretamente ou indiretamente, eles morrem aos poucos, mas não para deixar o antigo, e sim para fazer deste o fruto do seu futuro emblema, normalmente preterido a partir de um certo momento, isso é, quando olharam para os que costumam olhar para frente, e com eles se identificaram. Observe os que se ressentem, que sobem no palco e que tanto falam no poder da mente, que dizem que nada querem, se privando, e no fundo querendo estar lá, no céu, no topo, como um estrela típica de sessão da tarde. Pergunte o que eles guardam e o que eles têm a oferecer, e lembre-se bem do que foi dito, e independente das palavras, a resposta é: nada -- a essa áltura não há nada ali.

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Freizeit`18

Anarchist punk from munich 

Alemanha - Punk rock

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No.9

Frey Gang

Alemanha - Punk/Blues

Ouvir: 
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Propriedade, apropriação,  estado e moral

Não glorificaremos a miséria, o ódio, a restrição, a censura e a inveja aqui, por isso, é bem importante que você entenda a problemática inserida e articule com outros conceitos, já que eles não funcionam separadamente e não tratam de sadomasoquismo antijurídico, ao contrário do achismo de muitos idiotas. Propriedade se refere àquilo que podemos nos apropriar em um sentido bem amplo; já posse se refere ao pessoal, não sendo nem priv6ada e nem pertencendo à sociedade, porém legislada da forma que conhecemos, como se o estado podesse evitar certas coisas. Entender parte da dimensão da realidade é necessário: você vale o que tem e só tem essa vida, aqui e agora. Será que o que está escrito em papéis na legislação se sobrepõe à fome? Será que o que está escrito em papéis na legislação ganha do abocanhamento da pirataria, do desejo pelo conteúdo? A noção de propriedade privada é maior do que a dimensão do egoísmo, do desejo e da vontade? Aquele pedaço de terra e aquele espaço ali clamando por uma intervenção artística deveria se submeter à razão? Pois é, a noção de propriedade privada tem se provado perigosa para o indivíduo desde os tempos antigos. Nela, podemos enxergar claramente o esvaziamento do "Eu", da criatividade, da ressignificação, da modificação, e por aí vai. Vão nos cobrar por coisas que no fundo não pertencem a ninguém dado certo momento? Vão nos prender depois de restringirem cada vez mais os espaços que teriam infinitas possibilidades de apropriação? A quem interessa dizer que as coisas das quais tomamos parte ou marcaram presença na nossa vida são propriedades de X ou Y? Como se abrirão infinitas possibilidades para a expressão única dos indivíduos se o mundo está cheio de restrições? Onde está a liberdade nisso tudo?

Se tem 15, vale 15; se tem 100, vale 100. Há um materialismo inexorável aqui. A apropriação contínua já ocorre, através de logos, imagens, territórios, sons, muros, citações, etc. Apropriar-se não é propriamente cópia, é criação, e não é muito bem definido, depende de cada um tal com a sua vida. Nada possui, quem nada detém. Quem determina o quanto vale o nada é quem no fundo nada tem, como todos os outros que nada valem, porém estes possuem o poder de convencer. Restrições que se moldam sob uma forma sufocante, que fora do papel chegam a soar como delírios insuflados no tempo sob a alcunha de liberdade, instigando os afogados em seus conceitos. Peixes e pescadores, oportunistas e otários, intelectuais e imbecis -- piscam para todo lado como uma tela de identidades que se alteram, prestes a impor seus conceitos vazios. Mas, como já dito, sem ode à miséria. O ponto aqui é o mundo não só como vontade e possibilidade, mas como propriedade. E ela é tudo e o nada ao mesmo tempo.

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Evangelion (2015)

Behemoth

Polônia - Black/Death Metal

Ouvir: spotify, youtube
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Vivendo como nós e compartilhando nossos dias 
Em outro mundo muito distante 
Uma existência diferente, ainda virtualmente a mesma 
Agressão é tristeza e risadas são dor 
Olhe profundamente em seus olhos para o que eles têm a dizer 
Emoções controlam nossas vidas todos os dias 
Variações incompreensíveis de comportamento 
Guarde a chave para a porta mental 
Onde nada é tudo, e tudo não é nada 
Apreciando através da parede mil vezes seguidas 
Vendo uma parte deles que é real 
Só imagine como deve sentir 
Ser negado do que a vida tem a dar 
Atras das sombras mentais eles devem viver 
Olhe profundamente em seus olhos para o que eles têm a dizer 
Emoções controlam nossas vidas todos os dias

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"Não se devem tomar como sinônimos revolução e revolta. A primeira consiste numa transformação radical do estado das coisas, do estado de coisas (status) vigente do Estado ou da sociedade; é, assim, um ato político ou social! A revolta tem, é certo, na transformação do estado de coisas uma consequência necessária, mas não parte dela, parte da insatisfação do homem consigo mesmo, não é um levantamento coletivo, mas uma rebelião do indivíduo, um emergir sem pensar nas instituições que daí possam sair. A revolução tinha por objetivo criar novas instituições, a revolta leva a que não nos deixemos organizar, organizando-nos antes nós próprios; não deposita grandes esperanças nas «instituições». Não é uma luta contra o status quo, uma vez que, desde que ela floresça, o status quo entra por si próprio em derrocada; é apenas um meio ativo que permite ao Eu emancipar-se da situação vigente. Se eu abandonar a situação vigente, ela morre e apodrece. E como a minha intenção não é a de derrubar a situação vigente, mas a de me elevar acima dela, a minha intenção e a minha ação não são de ordem política ou social, mas, orientadas como estão para mim e a minha singularidade própria, de ordem egoísta."

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A revolta

Quanto mais longe da ótica, em termos de grandiosidade, maior é a relevância da coisa -- ao longo da vida se aprende isso. O fazer-se si com S maiusculo frente a isso em passos e atos é a grande distinção dos fortes contra os resignados/submissos. Enquanto uns não se intimidam e desafiam os deuses, outros simplesmente esganiçam a defender suas crenças até se verem vencidos por aqueles que se elevam. E nisso tudo, o ato de dizer que a imensidão pode ser consumida e absorvida no sentir-se dentro, sem se deixar levar, não é mesmo que o culto que visa dar a algo oferendas em troca de sua existência, ou, glorificar algo ou alguém como sinônimo do futuro, como se este não fosse a consequência do presente. O que resta, muitas vezes, aos debatedores na raiva é apenas se debaterem contra eles mesmos e se verem engolidos cada vez mais, apontando erros naquilo que agrada por não se propôr a agradar, ou, simplesmente reduzir aquela imensidão ao que eles conseguem enxergar, isso é, a visão miserável dos mesmos -- como se o agregado que se expande cada vez mais os cegasse. Com urgência é necessário distinguir ressentimento e revolta, mas não só, também é necessário distinguir revolta de revolução. 

O ressentimento provém da insuficiência de algo tomado pelo sentimento de ausência ou de raiva, no sentido de que algo precisa ser preenchido para remediar emoções negativas, é o sentimento de que algo se repete, levando o índividuo a se comportar de x maneira em relação a algo ou alguém, normalmente por ter sofrido injúria e semelhantes, ou, por não ter conseguido algo ou a vida que realmente queria, fazendo paralelo com a inveja muitas vezes. Já a revolta é a expressão daquele que deseja viver sem as amarras que estão sendo impostas, que está limitando-o ou drenando seu desejo. Se revoltar não é um ato social ou político, é um ato egoísta que pode ou não se estender, que vai ou não se estendendo. O ressentido não é propriamente um rebelde revoltado, embora muito se escute as duas palavras ditas como sinônimos, na verdade ouso dizer que elas são antônimos, mas que podem se confundir em certos casos, levando a um embaralhamento. Do mesmo modo, muito se falou em revolução e revolta, sem se pontuar para além dessas palavras o que essas expressões nomeadas dizem. É preciso estar atento sem achar que tudo isso quem vem sendo dito funciona como mantra ou coisa do tipo, mas não, não funciona; é necessário não se enganar pelas palavras ecoadas. O rebelde não visa fazer o outro dividir, mas sim se revolta na sua ótica para ter; o rebelde não visa perseguir, e sim agir para se livrar de quem o persegue; o rebelde dá a si o valor e empreende ações, ele não se minimiza, e nem corre atrás da valoração alheia do seus feitos ou do seu trabalho, ele chama para si o valor e corre atrás deste.

 Associação X Coletivo 

Não tomaremos associação stirneriana no que tange "organização" como algo social ou como algo coletivo, longe disso, o conceito de Associação não pode ser reduzido a números, mas aqui como elucidação farei-lo; já no que tange o Coletivo pode-se, mas não necessariamente da maneira convencional será o que veremos aqui. Matemática básica no que tange psique, é disso que se trata, pois bem, imagine então uma situação com uma associação de 30 pessoas contra um coletivo de 70, imaginou? Fixe, continuando. A distinção de ambos consiste no processo de formação: enquanto a Associação é formada pelo reconhecimento de Únicos (pela singularidade; todos são únicos); o Coletivo é formado pela ideia de igualdade (pela equivalência; todos devem ser iguais). Por conta do tratamento e de quem o integra e o que leva o processo criador por trás do conceito, teremos assim valores distintos no que tange a vida e radicalmente diferentes: a Associação com 30 pessoas vale 30 singularidades que se expande cada vez mais graças a intenção de liberdade estendida que levou ao processo da mesma, da expansão da vontade de cada um dos presentes. O Coletivo com 70 pessoas não vale 70 pessoas, pois o processo que o levou a se formar foi a necessidade de 70 valer 1. Ou seja, na equivalência de todos os presentes no Coletivo, 70 pessoas vale igualmente, o que significa que o número total resulta sempre em 1. Calculando 1÷70, chegamos ao valor de cada pessoa no coletivo, que portanto, é o seguinte: 0,014285714285714. Ou seja, bem menos de um, pois ele/a (a pessoa presente no coletivo) não possui unicidade, é guiado/a por uma causa de 'outrem'. Há exceções em que alguns possuem e estão lá por vontade ao acaso de sua vida, obviamente. Enfim, deu para entender, mas para fechar, lembre-se da famosa frase: "Juntos, somos um só". É... . Podemos assim dizer que: enquanto a associação é uma expansão, o coletivo é uma unificação que visa reduzir a unicidade a um conceito geral.


Muitas músicas do Arch Enemy, apesar do enfoque mais social em alguns momentos, trouxeram a temática da revolta e da rebeldia de diferentes modos. Dois exemplos é o álbum "Khaos Legions" onde há uma presença mais social e o álbum "Will tô Power", onde o enfoque no individualismo de eixo nietzscheano/stirneriano se faz mais presente.

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O Único

Vislumbre do manchado, prazer dava ao verem o que antecedia a suas lições morais. Loucura? Inventam e inventaram. Sem nem citar, ao longo da vida, se apresentaram e se apresentam, em seus próprios teatros de peças horrendas, no meio, e tentaram/tentam dizer como se deve viver. Se há um erro, há um copo, há um caminho, há um palco. As pessoas não aguentam vê-lo lá ou aqui, fora dos trinques, pelo contrário, o indivíduo precisa ser trincado em nome do coletivo, ser traçado além de quem lá anda, pois aí teria um nome e estaria próximo, perto das esteiras destes, perto dos sorrisos dos cansados conceituais, perto de quem não anda o suficiente. Ensinam que, para ver o sol, todo cacto tem sua raiz, toda flor sua matiz — isso, aos seus semelhantes. Acima de tudo, com uma faca na mão e um "bem que eu te avisei" há um temente a deus ou que deseja o teu bem. Prefiriremos aqui a nuance, as nuances. O ser-humano é um defeito. O bem individual não é o bem alheio. Se és horrível e anoréxico, que seja com o estilo e atitude de um Marilyn Manson no início da carreira. Se és lindo, que seja como um dândi noturno. Se és meio-termo, que tenha o alcance de ambos quando lhe apetecer. Se erraste 4 vezes, corrija cinco, cada um tem o seu tempo. Sempre há um jeito de viver. Sempre há o meu e o seu jeito de viver. Sempre há como andar parado, sempre há como descansar correndo. Ao longo da vida, as pessoas sempre tentaram, tentam e vão tentando lhe ensinar o contrário. Aos olhos delas, só há aquele e esse jeito de viver. Ou seja: o que há é a morte prolongada. No fim das contas, elas querem que você morra do jeito delas. Cada ser é Único e guarda consigo uma força criadora e há várias maneiras e modos de se viver.

"A ti, é-te devido mais que o divino, o humano, etc.; a ti, é-te devido o que é teu. Se te vires como mais poderoso do que os outros te querem fazer crer, terás mais poder; se te vires como mais, terás mais. Então serás, não apenas destinado a tudo o que é divino, autorizado a tudo o que é humano, mas proprietário do que é teu, isto é, de tudo aquilo de que te apropriaste pela tua própria força, tu próprio és apropriado para e tens direito a tudo o que é teu. Sempre se pensou ser preciso dar-me uma determinação situada fora de mim, e por fim quiseram até impor-me a ideia de que eu deveria reivindicar o humano, porque... sou homem. Este é O círculo mágico do cristianismo. Também o Eu de Fichte é esse mesmo ser fora de mim, pois cada um é eu e só esse eu tem direitos: «o eu» é então ele, e não eu. Mas eu não sou um eu ao lado de outros eus, mas o eu único: eu sou Único. Por isso, as minhas necessidades são também únicas, os "A meus anos, em suma, tudo em mim é único. E só na qualidade deste eu único posso apropriar-me de tudo, só enquanto tal eu posso agir e evoluir: não evoluo como homem, não desenvolvo em mim o homem, mas desenvolvo-me a mim próprio enquanto eu. É este o sentido do Único."


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Eu, o Sol do homem
A prole da raça estelar
Minha auréola caída e esmagada sobre a terra
Para que eu pudesse trazer equilíbrio a este mundo

Eu, filho da perdição
Do puro nada transgredido
Ao eu mais elevado - à liberdade máxima
Para explorar a natureza estrelada da minha raiva

Eu, pulso da existência
A lei da natureza não negada
Eu seguro a tocha de Heráclito
Para que eu possa sacudir a terra e mover os sóis

Eu, iconoclasta divino
Injetando caos em minhas veias
Com a vida aceita, com a dor ressuscitada
É o abraço de Deus no homem profundo?

A alegria de um alvorecer
O êxtase do crepúsculo
Nutrido tenho eu esta corrente cármica
Onde o grande acima encontra o grande abaixo

Que seja escrito!
Que seja feito!
Disperso eu ando em direção
À luz fraturada

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Nem deus, nem mestre e muito menos escravo

O tempo arranha a pele e ninguém sai intacto, talentos são despedaçados, viver soa como andar descalço em cactos secos. Ouça o relógio na escola, artistas são mortos e tem casos que nem o esforço árduo adianta dependendo da ótica, momentos que quase nada valem. Acorde! Sua vida está em jogo. A burguesia adora jogar palavras ao vento que você não sente, em palestras e cursos, enquanto os alunos enxergam um slide de anos atrás de um rio que não existe mais a um bom tempo. Almejar o futuro pode ser um pesadelo e, alvejando os mortos do presente, alguns ainda se seguram, enquanto outros desencorajam, ou, enfiam metas garganta abaixo. A burguesia deseja lhe tornar algo e fazer algo de si, deseja lhe tornar útil aos interesses dela, e se assim não for, você é descartável ou se encaminha para ser "reabilitado". Se opor às forças que o estado utiliza para te drenar ou impedir sua revolta, tem se tornado, cada vez mais, uma necessidade prática. A vigilância e o monitoramento é uma expressão da enfermidade que debilita a vida e vem cada vez mais se estendendo, onde o mundo confunde prevenção com perseguição, e revolta com ressentimento. O social é uma prisão para os que manifestam a expressão mais verdadeira de si, e o caminho está cada vez mais estreito, e quanto mais se tenta ser você por você mesmo, mais o seu valor é rebaixado atráves de processos de subjetivação. Por isso, nem pense em se libertar pelo convencional, pois, por trás das palavras de que todos somos livres existe sempre uma prisão preparada para te condenar e tornar-te dócil. O controle e a disciplina são algumas das armas, e onde quer que você vá sempre há uma ronda para te revistar e perguntar sobre sua identidade. Começa talvez em casa, depois na escola, na internet, nos quarteis e culmina na violência de estado, por exemplo. Revoltar-se de forma contínua a essa mentalidade de rebanho sufocante é um ode à vida.

"A forma como as coisas acontecem com a máquina do Estado é semelhante; é ela que faz mover as engrenagens de cada um dos espíritos em particular, mas nenhum deles pode seguir o seu próprio impulso. O Estado procura travar toda a atividade livre, através da sua censura, da sua vigilância, da sua polícia, e toma isso como seu dever, que é na verdade um dever que lhe é ditado pelo seu instinto de conservação. O Estado quer fazer alguma coisa dos homens, e é por isso que nele só vivem homens fabricados; todo aquele que quiser ser ele próprio é seu inimigo, e não vale nada. Este <<não vale nada» significa que o Estado não encontra utilidade para ele, não lhe confia nenhuma posição, nenhum posto, nenhum negócio, etc. "

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